Não têm sido fáceis os últimos dias para a ministra da Educação. A contestação ao método de avaliação dos professores tem subido de tom, mas terça-feira Maria de Lurdes Rodrigues foi peremptória: “Neste momento todas as escolas estão a concretizar o processo de avaliação de desempenho dos seus docentes”, garantiu.
A ministra sustentou também que a política de Educação do Governo não ia recuar e que resulta de um acordo alcançado com os sindicatos.
O que é um facto é que há escolas com o processo suspenso.
Em Lisboa, por exemplo, na Escola Camões, no dia 5 de Novembro, 131 professores, em 138, votaram favoravelmente à suspensão do processo de avaliação. Paralelamente, sete dos dez avaliadores não coordenadores auto suspenderam-se. O processo de avaliação parou completamente e enviou para o gabinete da ministra a decisão tomada na escola.
Noutra escola de Lisboa, a Virgílio Ferreira, o conselho executivo decidiu adiar a aplicação do calendário das avaliações até ao próximo dia 28 de Novembro devido ao clima que se vive no estabelecimento de ensino – e, depois de uma moção aprovada por 109 dos 119 professores ter decidido suspender a avaliação.
No Cacém, a escola Ferreira Dias, considerou mais prudente suspender o processo até que sejam esclarecidas várias questões sobre a avaliação na sequência de uma reunião geral de professores.
No Porto, a Escola Secundária D. Maria, considerada a melhor escola pública do ranking deste ano também decidiu suspender o processo de avaliação.
No site da Federação Nacional de Professores (FENPROF) há uma lista de escolas onde reuniões gerais de professores votaram com números a rondar a unanimidade pela suspensão do processo. A lista cobre todas as regiões do País.
Para já, as atenções vão recair nos encontros previstos para os próximos dias entre a ministra da Educação e os vários presidentes dos conselhos executivos das escolas.
Sem comentários:
Enviar um comentário