O que queremos para Portugal nos próximos dez,vinte, ou mesmo trinta anos? Uma Educação credível e sustentável na evolução das dinâmicas sociais, culturais e educacionais e nas quais os actores interagem e criam posturas, dinâmicas e políticas diferentes, ou vamos deixar isto ao puro e simples desnorte? Todos seremos responsáveis. É o desafio que lanço a todos os portugueses, académicos e não académicos, docentes e não docentes, pais, alunos e de quem gosta de uma Educação séria e responsável.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
A CONFUSÃO VAI-SE MANTER ...
Não têm sido fáceis os últimos dias para a ministra da Educação. A contestação ao método de avaliação dos professores tem subido de tom, mas terça-feira Maria de Lurdes Rodrigues foi peremptória: “Neste momento todas as escolas estão a concretizar o processo de avaliação de desempenho dos seus docentes”, garantiu.
A ministra sustentou também que a política de Educação do Governo não ia recuar e que resulta de um acordo alcançado com os sindicatos.
O que é um facto é que há escolas com o processo suspenso.
Em Lisboa, por exemplo, na Escola Camões, no dia 5 de Novembro, 131 professores, em 138, votaram favoravelmente à suspensão do processo de avaliação. Paralelamente, sete dos dez avaliadores não coordenadores auto suspenderam-se. O processo de avaliação parou completamente e enviou para o gabinete da ministra a decisão tomada na escola.
Noutra escola de Lisboa, a Virgílio Ferreira, o conselho executivo decidiu adiar a aplicação do calendário das avaliações até ao próximo dia 28 de Novembro devido ao clima que se vive no estabelecimento de ensino – e, depois de uma moção aprovada por 109 dos 119 professores ter decidido suspender a avaliação.
No Cacém, a escola Ferreira Dias, considerou mais prudente suspender o processo até que sejam esclarecidas várias questões sobre a avaliação na sequência de uma reunião geral de professores.
No Porto, a Escola Secundária D. Maria, considerada a melhor escola pública do ranking deste ano também decidiu suspender o processo de avaliação.
No site da Federação Nacional de Professores (FENPROF) há uma lista de escolas onde reuniões gerais de professores votaram com números a rondar a unanimidade pela suspensão do processo. A lista cobre todas as regiões do País.
Para já, as atenções vão recair nos encontros previstos para os próximos dias entre a ministra da Educação e os vários presidentes dos conselhos executivos das escolas.
A ministra sustentou também que a política de Educação do Governo não ia recuar e que resulta de um acordo alcançado com os sindicatos.
O que é um facto é que há escolas com o processo suspenso.
Em Lisboa, por exemplo, na Escola Camões, no dia 5 de Novembro, 131 professores, em 138, votaram favoravelmente à suspensão do processo de avaliação. Paralelamente, sete dos dez avaliadores não coordenadores auto suspenderam-se. O processo de avaliação parou completamente e enviou para o gabinete da ministra a decisão tomada na escola.
Noutra escola de Lisboa, a Virgílio Ferreira, o conselho executivo decidiu adiar a aplicação do calendário das avaliações até ao próximo dia 28 de Novembro devido ao clima que se vive no estabelecimento de ensino – e, depois de uma moção aprovada por 109 dos 119 professores ter decidido suspender a avaliação.
No Cacém, a escola Ferreira Dias, considerou mais prudente suspender o processo até que sejam esclarecidas várias questões sobre a avaliação na sequência de uma reunião geral de professores.
No Porto, a Escola Secundária D. Maria, considerada a melhor escola pública do ranking deste ano também decidiu suspender o processo de avaliação.
No site da Federação Nacional de Professores (FENPROF) há uma lista de escolas onde reuniões gerais de professores votaram com números a rondar a unanimidade pela suspensão do processo. A lista cobre todas as regiões do País.
Para já, as atenções vão recair nos encontros previstos para os próximos dias entre a ministra da Educação e os vários presidentes dos conselhos executivos das escolas.
Reunião dos PCE do Distrito de Coimbra - Comunicado
Exmo. Senhor Primeiro-Ministro
Exma. Senhora Ministra da Educação
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Com conhecimento ao Exmo. Senhor Presidente da República
Com conhecimento aos Exmos. Membros do Conselho Científico para a Avaliação Docente
Com conhecimento aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República
A avaliação é uma prática indispensável para a valorização do trabalho docente.
Sem pôr em causa o princípio de que a avaliação é uma prática indispensável para a valorização do trabalho docente, tornou-se já por de mais evidente que a aplicação do novo sistema de avaliação de desempenho do pessoal docente, introduzida pelo Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro, tem vindo a contribuir para a degradação das boas práticas conducentes à reconhecida qualidade de ensino que a Escola Pública vem alcançando com o contributo e o esforço do s seus professores.
Assim, as escolas têm-se confrontado com dúvidas e dificuldades que apontam para a impossibilidade de aplicar o sistema tal como está concebido, pelo que, em vez de constatarmos “a emergência de uma atitude de envolvimento e empenhamento” por parte dos docentes, como prevê o Conselho Científico para a avaliação dos professores, verificamos que existe nas nossas escolas um preocupante clima de cansaço, ansiedade, indignação e contestação dos professores e educadores, que está já a prejudicar seriamente o processo de ensino-aprendizagem.
Deste modo, vimos declarar o nosso profundo desacordo perante este modelo de avaliação, pelas razões que a seguir se enunciam:
1. A complexidade do modelo faz com que o processo da sua operacionalização esteja sempre inacabado, independentemente do tempo que se lhe possa dedicar.
2. Não é possível estabelecer procedimentos credíveis de observação que permitam medir a multiplicidade de itens de avaliação constantes nas diferentes fichas de avaliação, não só pelo seu grande número, como, sobretudo, pela sua própria natureza. Estes itens são, na sua grande maioria, eminentemente não objectiváveis. Parece ser uma missão impossível assegurar a precisão, credibilidade e fiabilidade do juízo avaliativo decorrente dos dados recolhidos, contrariando assim os critérios estabelecidos na Recomendação n.º 1/2008 do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (p. 2).
3. O trabalho que a aplicação deste modelo pressupõe, quer para avaliadores quer para avaliados, descentra o professor do desenvolvimento do ensino-aprendizagem. Assim, a própria aplicação da avaliação de desempenho docente contradiz uma das suas metas principais, a saber, a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos (ponto 2, artigo 40.º do Decreto-lei 15/2007 de 19 de Janeiro).
4. A concretização deste modelo põe em perigo o clima de confiança e colaboração entre os diversos professores, com danos irreparáveis no trabalho de cooperação que tem vindo a ser desenvolvido na Escola.
Por tudo quanto foi dito, os subscritores, presidentes dos Conselhos Executivos de 55 Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas do Distrito de Coimbra, em reunião realizada no dia 13 de Novembro de 2008, decidiram, por unanimidade, reclamar a suspensão deste modelo de avaliação e reclamar a necessidade de uma ponderação democrática que conduza a um modelo que esteja isento das limitações, arbitrariedades e injustiças que caracterizam o modelo em vigor, devendo antecipar-se em alguns meses a negociação com os parceiros sociais.
Concelho Unidade de Gestão
Cantanhede Escola Secundária de Cantanhede
Cantanhede Agrupamento de Escolas de Cantanhede
Cantanhede Agrupamento de Escolas de Finisterra - Febres
Cantanhede Agrupamento de Escolas de Gândara-Mar - Tocha
Coimbra Escola Secundária da Quinta das Flores
Coimbra Escola Secundária de Avelar Brotero
Coimbra Escola Secundária de D. Dinis
Coimbra Escola Secundária de D. Duarte
Coimbra Escola Secundária de Jaime Cortesão
Coimbra Escola Secundária Infanta D. Maria
Coimbra Agrupamento de Escolas da Pedrulha
Coimbra Agrupamento de Escolas de Alice Gouveia
Coimbra Agrupamento de Escolas de Ceira
Coimbra Agrupamento de Escolas de Eugénio de Castro
Coimbra Agrupamento de Escolas de Inês de Castro
Coimbra Agrupamento de Escolas de Martim de Freitas
Coimbra Agrupamento de Escolas de São Silvestre
Coimbra Agrupamento de Escolas de Silva Gaio
Coimbra Agrupamento de Escolas de Taveiro
Condeixa-a-Nova Escola Secundária Fernando Namora
Condeixa-a-Nova Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova
Figueira da Foz Escola Secundária de Cristina Torres
Figueira da Foz Escola Secundária do Dr. Joaquim de Carvalho
Figueira da Foz Agrupamento de Escolas da Zona Urbana Figueira da Foz
Figueira da Foz Agrupamento de Escolas de Alhadas
Figueira da Foz Agrupamento de Escolas de Buarcos
Figueira da Foz Agrupamento de Escolas de Paião
Mira Escola Secundária Drª Maria Cândida - Mira
Montemor-o-Velho Escola Secundária de Montemor-o-Velho
Montemor-o-Velho Agrupamento de Escolas de Arazede
Montemor-o-Velho Agrupamento de Escolas de Carapinheira
Montemor-o-Velho Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho
Penela Agrupamento de Escolas Infante D. Pedro
Soure Agrupamento de Escolas de Soure
Arganil Escola Secundária de Arganil
Arganil Agrupamento de Escolas de Arganil
Arganil Agrupamento de Escolas de Coja
Góis Agrupamento de Escolas de Góis
Lousã Escola Secundária da Lousã
Lousã Agrupamento de Escolas de Álvaro Viana de Lemos
Lousã Agrupamento de Escolas da Lousã
Miranda do Corvo Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo
Miranda do Corvo Agrupamento de Escolas Ferrer Correia
Oliveira do Hospital Escola Secundária de Oliveira do Hospital
Oliveira do Hospital Agrupamento de Escolas de Brás Garcia Mascarenhas
Oliveira do Hospital Agrupamento de Escolas de Cordinha
Oliveira do Hospital Agrupamento de Escolas do Vale do Alva
Pampilhosa da Serra Agrupamento de Escolas de Escalada - Pampilhosa da Serra
Penacova Agrupamento de Escolas de António José de Almeida
Penacova Agrupamento de Escolas de S. Pedro de Alva
Tábua Escola Secundária de Tábua
Tábua Agrupamento de Escolas de Midões
Tábua Agrupamento de Escolas de Tábua
Vila Nova de Poiares Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
Exma. Senhora Ministra da Educação
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Com conhecimento ao Exmo. Senhor Presidente da República
Com conhecimento aos Exmos. Membros do Conselho Científico para a Avaliação Docente
Com conhecimento aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República
A avaliação é uma prática indispensável para a valorização do trabalho docente.
Sem pôr em causa o princípio de que a avaliação é uma prática indispensável para a valorização do trabalho docente, tornou-se já por de mais evidente que a aplicação do novo sistema de avaliação de desempenho do pessoal docente, introduzida pelo Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro, tem vindo a contribuir para a degradação das boas práticas conducentes à reconhecida qualidade de ensino que a Escola Pública vem alcançando com o contributo e o esforço do s seus professores.
Assim, as escolas têm-se confrontado com dúvidas e dificuldades que apontam para a impossibilidade de aplicar o sistema tal como está concebido, pelo que, em vez de constatarmos “a emergência de uma atitude de envolvimento e empenhamento” por parte dos docentes, como prevê o Conselho Científico para a avaliação dos professores, verificamos que existe nas nossas escolas um preocupante clima de cansaço, ansiedade, indignação e contestação dos professores e educadores, que está já a prejudicar seriamente o processo de ensino-aprendizagem.
Deste modo, vimos declarar o nosso profundo desacordo perante este modelo de avaliação, pelas razões que a seguir se enunciam:
1. A complexidade do modelo faz com que o processo da sua operacionalização esteja sempre inacabado, independentemente do tempo que se lhe possa dedicar.
2. Não é possível estabelecer procedimentos credíveis de observação que permitam medir a multiplicidade de itens de avaliação constantes nas diferentes fichas de avaliação, não só pelo seu grande número, como, sobretudo, pela sua própria natureza. Estes itens são, na sua grande maioria, eminentemente não objectiváveis. Parece ser uma missão impossível assegurar a precisão, credibilidade e fiabilidade do juízo avaliativo decorrente dos dados recolhidos, contrariando assim os critérios estabelecidos na Recomendação n.º 1/2008 do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (p. 2).
3. O trabalho que a aplicação deste modelo pressupõe, quer para avaliadores quer para avaliados, descentra o professor do desenvolvimento do ensino-aprendizagem. Assim, a própria aplicação da avaliação de desempenho docente contradiz uma das suas metas principais, a saber, a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos (ponto 2, artigo 40.º do Decreto-lei 15/2007 de 19 de Janeiro).
4. A concretização deste modelo põe em perigo o clima de confiança e colaboração entre os diversos professores, com danos irreparáveis no trabalho de cooperação que tem vindo a ser desenvolvido na Escola.
Por tudo quanto foi dito, os subscritores, presidentes dos Conselhos Executivos de 55 Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas do Distrito de Coimbra, em reunião realizada no dia 13 de Novembro de 2008, decidiram, por unanimidade, reclamar a suspensão deste modelo de avaliação e reclamar a necessidade de uma ponderação democrática que conduza a um modelo que esteja isento das limitações, arbitrariedades e injustiças que caracterizam o modelo em vigor, devendo antecipar-se em alguns meses a negociação com os parceiros sociais.
Concelho Unidade de Gestão
Cantanhede Escola Secundária de Cantanhede
Cantanhede Agrupamento de Escolas de Cantanhede
Cantanhede Agrupamento de Escolas de Finisterra - Febres
Cantanhede Agrupamento de Escolas de Gândara-Mar - Tocha
Coimbra Escola Secundária da Quinta das Flores
Coimbra Escola Secundária de Avelar Brotero
Coimbra Escola Secundária de D. Dinis
Coimbra Escola Secundária de D. Duarte
Coimbra Escola Secundária de Jaime Cortesão
Coimbra Escola Secundária Infanta D. Maria
Coimbra Agrupamento de Escolas da Pedrulha
Coimbra Agrupamento de Escolas de Alice Gouveia
Coimbra Agrupamento de Escolas de Ceira
Coimbra Agrupamento de Escolas de Eugénio de Castro
Coimbra Agrupamento de Escolas de Inês de Castro
Coimbra Agrupamento de Escolas de Martim de Freitas
Coimbra Agrupamento de Escolas de São Silvestre
Coimbra Agrupamento de Escolas de Silva Gaio
Coimbra Agrupamento de Escolas de Taveiro
Condeixa-a-Nova Escola Secundária Fernando Namora
Condeixa-a-Nova Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova
Figueira da Foz Escola Secundária de Cristina Torres
Figueira da Foz Escola Secundária do Dr. Joaquim de Carvalho
Figueira da Foz Agrupamento de Escolas da Zona Urbana Figueira da Foz
Figueira da Foz Agrupamento de Escolas de Alhadas
Figueira da Foz Agrupamento de Escolas de Buarcos
Figueira da Foz Agrupamento de Escolas de Paião
Mira Escola Secundária Drª Maria Cândida - Mira
Montemor-o-Velho Escola Secundária de Montemor-o-Velho
Montemor-o-Velho Agrupamento de Escolas de Arazede
Montemor-o-Velho Agrupamento de Escolas de Carapinheira
Montemor-o-Velho Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho
Penela Agrupamento de Escolas Infante D. Pedro
Soure Agrupamento de Escolas de Soure
Arganil Escola Secundária de Arganil
Arganil Agrupamento de Escolas de Arganil
Arganil Agrupamento de Escolas de Coja
Góis Agrupamento de Escolas de Góis
Lousã Escola Secundária da Lousã
Lousã Agrupamento de Escolas de Álvaro Viana de Lemos
Lousã Agrupamento de Escolas da Lousã
Miranda do Corvo Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo
Miranda do Corvo Agrupamento de Escolas Ferrer Correia
Oliveira do Hospital Escola Secundária de Oliveira do Hospital
Oliveira do Hospital Agrupamento de Escolas de Brás Garcia Mascarenhas
Oliveira do Hospital Agrupamento de Escolas de Cordinha
Oliveira do Hospital Agrupamento de Escolas do Vale do Alva
Pampilhosa da Serra Agrupamento de Escolas de Escalada - Pampilhosa da Serra
Penacova Agrupamento de Escolas de António José de Almeida
Penacova Agrupamento de Escolas de S. Pedro de Alva
Tábua Escola Secundária de Tábua
Tábua Agrupamento de Escolas de Midões
Tábua Agrupamento de Escolas de Tábua
Vila Nova de Poiares Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Professores desgastados e exaustos com tantas reformas em curso
Professores desgastados e exaustos com tantas reformas em curso
O modelo de avaliação de desempenho foi apenas a gota de água que fez transbordar o copo do descontentamento que vem apoderando-se dos professores, à medida que as reformas do Ministério da Educação têm chegado às escolas. Nos últimos dois anos, o Governo encetou uma reforma profunda do sistema, sobrecarregando os docentes com inúmeras tarefas, muitas das quais vão para além da sua missão principal: ensinar.
Divisão da carreira
Com o novo estatuto da carreira docente, que entrou em vigor em Janeiro de 2007, o topo da carreira deixou de ser algo atingível por todos os profissionais e a classe foi dividida em dois tipos: professores e titulares. O Ministério abriu um concurso para que parte dos professores ascendessem a titulares. O concurso foi injusto, dizem os docentes, e fez com que algumas pessoas com menos experiência ganhassem mais pontos e progredissem em detrimento de outras. Exemplos: um professor que tenha tido um cargo executivo nos últimos sete anos (como presidente do Conselho Executivo) possui uma quantidade de pontos que um docente que tenha desempenhado a mesma função, mas há mais tempo, não possui. Ou seja, o segundo desempenhou as mesmas funções, tem até mais anos de serviço, mas não subiu a titular.
Estatuto do Aluno
Trouxe muito mais trabalho para os professores, especialmente para os directores de turma. Cada vez que um aluno excede o número de faltas a uma disciplina, o professor é obrigado a fazer uma prova de recuperação. Há alunos que faltam muito, por desinteresse, os professores fazem a prova mas muitas vezes estes nem aparecem para a realizar. Há ainda casos de alunos que faltam durante um período grande devido a um problema de saúde e depois são obrigados a fazer testes para recuperar matérias que nem chegaram a aprender.
Ensino especial
Ao integrar os alunos do ensino especial nas escolas públicas, o Ministério não transferiu muitos dos técnicos especializados para o seu acompanhamento, além de não ter reforçado o pessoal não docente. Ou seja, alunos com deficiências graves que, por exemplo, não se deslocam, não comem nem vão à casa de banho sozinhos, foram integrados nas turmas e os professores têm de ajudá-los nestas competências mais básicas. Além de que, fazê-los adquirir conhecimentos e competências ao mesmo ritmo do que os outros é uma tarefa quase impossível, lamentam os professores.
Nova gestão escolar
O novo modelo de gestão das escolas obrigou à definição dos regulamentos internos e à redefinição dos Projectos Educativos das escolas. Documentos estruturais que demoram a traçar exigem a realização de muitas reuniões e discussões. A nomeação dos novos directores escolares, que podem ser professores alheios à escola, tem de estar concluída até 31 de Maio, data em que estes terão de avaliar professores cujo desempenho demonstrado ao longo do ano desconhecem.
Avaliação
Só na fase de definição de objectivos os professores têm de prever o sucesso dos alunos e a redução do abandono escolar, parâmetros segundo os quais serão depois avaliados. Cada professor tem de olhar para as suas turmas, fazer o diagnóstico dos seus conhecimentos (através de um teste de diagnóstico, por exemplo, uma vez que não conhecem ainda os alunos) e estimar quantos vão passar e reprovar. O sucesso a atingir tem de estar de acordo com o projecto educativo da escola, que pode ser, por exemplo, melhorar o sucesso de 20% dos alunos. O professor tem ainda de traçar um plano para que os seus alunos alcancem estas metas. A redução do abandono escolar é ainda mais difícil de travar, principalmente em turmas com dificuldades. Depois, o professor tem de reunir com o avaliador e, numa entrevista, discutir os objectivos propostos. Os avaliadores têm de assistir às aulas dos avaliados. Se um avaliador tiver dez avaliados tem de assistir a dez aulas e reunir-se antes e depois com cada docente em avaliação. Se o seu horário não for compatível, o avaliador terá de faltar a uma aula sua e preparar uma aula de substituição, prejudicando assim os seus alunos.
'Magalhães'
Até o computador veio dar mais trabalho aos professores do primeiro ciclo que têm de tratar, com os pais, os papéis para a sua aquisição.|
O modelo de avaliação de desempenho foi apenas a gota de água que fez transbordar o copo do descontentamento que vem apoderando-se dos professores, à medida que as reformas do Ministério da Educação têm chegado às escolas. Nos últimos dois anos, o Governo encetou uma reforma profunda do sistema, sobrecarregando os docentes com inúmeras tarefas, muitas das quais vão para além da sua missão principal: ensinar.
Divisão da carreira
Com o novo estatuto da carreira docente, que entrou em vigor em Janeiro de 2007, o topo da carreira deixou de ser algo atingível por todos os profissionais e a classe foi dividida em dois tipos: professores e titulares. O Ministério abriu um concurso para que parte dos professores ascendessem a titulares. O concurso foi injusto, dizem os docentes, e fez com que algumas pessoas com menos experiência ganhassem mais pontos e progredissem em detrimento de outras. Exemplos: um professor que tenha tido um cargo executivo nos últimos sete anos (como presidente do Conselho Executivo) possui uma quantidade de pontos que um docente que tenha desempenhado a mesma função, mas há mais tempo, não possui. Ou seja, o segundo desempenhou as mesmas funções, tem até mais anos de serviço, mas não subiu a titular.
Estatuto do Aluno
Trouxe muito mais trabalho para os professores, especialmente para os directores de turma. Cada vez que um aluno excede o número de faltas a uma disciplina, o professor é obrigado a fazer uma prova de recuperação. Há alunos que faltam muito, por desinteresse, os professores fazem a prova mas muitas vezes estes nem aparecem para a realizar. Há ainda casos de alunos que faltam durante um período grande devido a um problema de saúde e depois são obrigados a fazer testes para recuperar matérias que nem chegaram a aprender.
Ensino especial
Ao integrar os alunos do ensino especial nas escolas públicas, o Ministério não transferiu muitos dos técnicos especializados para o seu acompanhamento, além de não ter reforçado o pessoal não docente. Ou seja, alunos com deficiências graves que, por exemplo, não se deslocam, não comem nem vão à casa de banho sozinhos, foram integrados nas turmas e os professores têm de ajudá-los nestas competências mais básicas. Além de que, fazê-los adquirir conhecimentos e competências ao mesmo ritmo do que os outros é uma tarefa quase impossível, lamentam os professores.
Nova gestão escolar
O novo modelo de gestão das escolas obrigou à definição dos regulamentos internos e à redefinição dos Projectos Educativos das escolas. Documentos estruturais que demoram a traçar exigem a realização de muitas reuniões e discussões. A nomeação dos novos directores escolares, que podem ser professores alheios à escola, tem de estar concluída até 31 de Maio, data em que estes terão de avaliar professores cujo desempenho demonstrado ao longo do ano desconhecem.
Avaliação
Só na fase de definição de objectivos os professores têm de prever o sucesso dos alunos e a redução do abandono escolar, parâmetros segundo os quais serão depois avaliados. Cada professor tem de olhar para as suas turmas, fazer o diagnóstico dos seus conhecimentos (através de um teste de diagnóstico, por exemplo, uma vez que não conhecem ainda os alunos) e estimar quantos vão passar e reprovar. O sucesso a atingir tem de estar de acordo com o projecto educativo da escola, que pode ser, por exemplo, melhorar o sucesso de 20% dos alunos. O professor tem ainda de traçar um plano para que os seus alunos alcancem estas metas. A redução do abandono escolar é ainda mais difícil de travar, principalmente em turmas com dificuldades. Depois, o professor tem de reunir com o avaliador e, numa entrevista, discutir os objectivos propostos. Os avaliadores têm de assistir às aulas dos avaliados. Se um avaliador tiver dez avaliados tem de assistir a dez aulas e reunir-se antes e depois com cada docente em avaliação. Se o seu horário não for compatível, o avaliador terá de faltar a uma aula sua e preparar uma aula de substituição, prejudicando assim os seus alunos.
'Magalhães'
Até o computador veio dar mais trabalho aos professores do primeiro ciclo que têm de tratar, com os pais, os papéis para a sua aquisição.|
Uma situação que nos deve deixar preocupados - a gestão da água em Portugal.
Ambiente
Desperdiçamos 80% da água que pagamos
Portugueses não aproveitam grande parte da água que utilizam, mas as estatísticas disponíveis são insuficientes para a planear e gerir bem. World Wild Fund diz que Portugal é o 6.º país que mais água consome por habitante
Alterar tamanho
Não é fácil sabermos com rigor que quantidade de água consumimos em Portugal. Há a ideia generalizada de que gastamos muita, porque temos um clima mediterrânico numa boa parte do nosso território. E estamos também convencidos de que desperdiçamos bastante. Mas a partir daqui entramos em águas mais ou menos turvas, onde as estatísticas são insuficientes e desactualizadas quando queremos saber todos os detalhes.
Mesmo assim, há dados disponíveis ignorados pela maioria dos portugueses. Um exemplo: consumimos em casa apenas 20% da água que pagamos, sendo os outros 80% - as águas residuais - devolvidos aos meios hídricos e aos solos. Como afirma Adérito Mendes, director do Departamento de Planeamento e Gestão do Instituto da Água (Inag), “o problema estrutural número um da água em Portugal é a falta de dados em quantidade e qualidade nas vertentes físicas, ecológicas, económicas e sociais para se tomarem as decisões correctas, e a gestão da água envolve conceitos que não estão minimamente estabilizados, originando confusões e perdas de tempo”. Por outro lado, a monitorização, recolha e disponibilização desses dados para a sociedade “não se faz bem por falta de recursos financeiros do Orçamento do Estado”.
Em muitos casos falta, por isso, responder a quase tudo - “onde?, quanto?, quando?, para quê?, porquê?, quem?, desde quando?, até quando?”, como salienta o Plano Nacional da Água. O documento destaca que uma das áreas onde mais se faz sentir a falta de dados para o planeamento dos recursos hídricos é “no domínio dos usos, consumos e necessidades de água e sua variabilidade temporal”. E refere também que as quantidades disponíveis de recursos hídricos superficiais ‘‘são hoje relativamente bem determinadas e conhecidas, graças a uma razoável rede de monitorização pluviométrica e hidrométrica”. Mas o mesmo não é tão seguro quanto às águas subterrâneas, “por falta de uma rede de monitorização com o mesmo desenvolvimento”.
Na semana passada, o World Wild Fund (WWF) revelou, na apresentação do seu Relatório Planeta Vivo 2008, que Portugal se encontra em 6º lugar no grupo dos países com maior consumo de água por habitante, onde se inclui também a componente dos bens e serviços importados. Os primeiros cinco lugares são ocupados pelos EUA, Malásia e três países mediterrânicos: Grécia, Itália e Espanha.
E Carlos Costa, presidente da organização ambientalista GEOTA, alerta que “os modelos de desenvolvimento que temos adoptado no turismo, na agricultura e noutros sectores estão a conduzir à redução da água disponível”. De facto, há “um aumento contínuo dos consumos modernos” nos campos de golfe, «resorts» turísticos, culturas agrícolas intensivas, etc. Por outro lado, “o défice do balanço hídrico tem-se agravado nos últimos anos e as situações que antes eram consideradas excepcionais estão a repetir-se, como os períodos de seca sistemática alterando com chuvas torrenciais”. O mês de Outubro foi, neste aspecto, um bom exemplo: a pluviosidade atingiu apenas 1/3 da média registada no período entre 1940/41 e 1997/98, segundo os dados do Inag. E desde 2000/01 que a precipitação em território nacional está abaixo da média.
Mas os números do WWF não encaixam com as estatísticas nacionais. A organização diz que cada português consumiu em média, entre 1997 e 2001, cerca de 2,2 milhões de litros de água por ano, correspondendo 1,2 milhões (54%) à água gasta na produção de bens e serviços noutros países do mundo e que foram importados para Portugal, e 1 milhão (46%) à que foi gasta na produção de bens e serviços portugueses. Só que o Plano Nacional da Água aponta apenas para metade deste valor em 2002.
“Temos sempre dificuldade em descodificar os conceitos e metodologias do WWF”, reconhece Francisco Ferreira. De qualquer maneira, o dirigente da Quercus salienta que existem três grandes problemas com a água em Portugal. “O primeiro é o desperdício, que atinge mais de 40% em certos sectores, porque existe desde 2001 um Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água, mas poucas medidas têm sido postas em prática desde então pelos vários governos”. Os objectivos destas medidas estão quantificados: reduzir as perdas de água de 42% para 20% no consumo urbano, de 42% para 34% no agrícola e de 29% para 16% no industrial.
Depois, “não tem sido dada prioridade ao uso e recuperação das águas subterrâneas”. A situação é mais grave nos aquíferos do Algarve, onde a falta de planeamento tem levado ao recurso crescente às barragens, apesar de as águas subterrâneas exigirem menor tratamento e garantirem um abastecimento mais regular que as superficiais. “No início da década de 1990 a maior parte da água consumida no Algarve era de origem subterrânea, mas agora é quase toda superficial, por ausência de medidas de poupança”, recorda Francisco Ferreira. Por fim, Portugal está atrasado na aplicação das novas regras e directivas europeias de gestão da água e das bacias hidrográficas.
Desperdiçamos 80% da água que pagamos
Portugueses não aproveitam grande parte da água que utilizam, mas as estatísticas disponíveis são insuficientes para a planear e gerir bem. World Wild Fund diz que Portugal é o 6.º país que mais água consome por habitante
Alterar tamanho
Não é fácil sabermos com rigor que quantidade de água consumimos em Portugal. Há a ideia generalizada de que gastamos muita, porque temos um clima mediterrânico numa boa parte do nosso território. E estamos também convencidos de que desperdiçamos bastante. Mas a partir daqui entramos em águas mais ou menos turvas, onde as estatísticas são insuficientes e desactualizadas quando queremos saber todos os detalhes.
Mesmo assim, há dados disponíveis ignorados pela maioria dos portugueses. Um exemplo: consumimos em casa apenas 20% da água que pagamos, sendo os outros 80% - as águas residuais - devolvidos aos meios hídricos e aos solos. Como afirma Adérito Mendes, director do Departamento de Planeamento e Gestão do Instituto da Água (Inag), “o problema estrutural número um da água em Portugal é a falta de dados em quantidade e qualidade nas vertentes físicas, ecológicas, económicas e sociais para se tomarem as decisões correctas, e a gestão da água envolve conceitos que não estão minimamente estabilizados, originando confusões e perdas de tempo”. Por outro lado, a monitorização, recolha e disponibilização desses dados para a sociedade “não se faz bem por falta de recursos financeiros do Orçamento do Estado”.
Em muitos casos falta, por isso, responder a quase tudo - “onde?, quanto?, quando?, para quê?, porquê?, quem?, desde quando?, até quando?”, como salienta o Plano Nacional da Água. O documento destaca que uma das áreas onde mais se faz sentir a falta de dados para o planeamento dos recursos hídricos é “no domínio dos usos, consumos e necessidades de água e sua variabilidade temporal”. E refere também que as quantidades disponíveis de recursos hídricos superficiais ‘‘são hoje relativamente bem determinadas e conhecidas, graças a uma razoável rede de monitorização pluviométrica e hidrométrica”. Mas o mesmo não é tão seguro quanto às águas subterrâneas, “por falta de uma rede de monitorização com o mesmo desenvolvimento”.
Na semana passada, o World Wild Fund (WWF) revelou, na apresentação do seu Relatório Planeta Vivo 2008, que Portugal se encontra em 6º lugar no grupo dos países com maior consumo de água por habitante, onde se inclui também a componente dos bens e serviços importados. Os primeiros cinco lugares são ocupados pelos EUA, Malásia e três países mediterrânicos: Grécia, Itália e Espanha.
E Carlos Costa, presidente da organização ambientalista GEOTA, alerta que “os modelos de desenvolvimento que temos adoptado no turismo, na agricultura e noutros sectores estão a conduzir à redução da água disponível”. De facto, há “um aumento contínuo dos consumos modernos” nos campos de golfe, «resorts» turísticos, culturas agrícolas intensivas, etc. Por outro lado, “o défice do balanço hídrico tem-se agravado nos últimos anos e as situações que antes eram consideradas excepcionais estão a repetir-se, como os períodos de seca sistemática alterando com chuvas torrenciais”. O mês de Outubro foi, neste aspecto, um bom exemplo: a pluviosidade atingiu apenas 1/3 da média registada no período entre 1940/41 e 1997/98, segundo os dados do Inag. E desde 2000/01 que a precipitação em território nacional está abaixo da média.
Mas os números do WWF não encaixam com as estatísticas nacionais. A organização diz que cada português consumiu em média, entre 1997 e 2001, cerca de 2,2 milhões de litros de água por ano, correspondendo 1,2 milhões (54%) à água gasta na produção de bens e serviços noutros países do mundo e que foram importados para Portugal, e 1 milhão (46%) à que foi gasta na produção de bens e serviços portugueses. Só que o Plano Nacional da Água aponta apenas para metade deste valor em 2002.
“Temos sempre dificuldade em descodificar os conceitos e metodologias do WWF”, reconhece Francisco Ferreira. De qualquer maneira, o dirigente da Quercus salienta que existem três grandes problemas com a água em Portugal. “O primeiro é o desperdício, que atinge mais de 40% em certos sectores, porque existe desde 2001 um Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água, mas poucas medidas têm sido postas em prática desde então pelos vários governos”. Os objectivos destas medidas estão quantificados: reduzir as perdas de água de 42% para 20% no consumo urbano, de 42% para 34% no agrícola e de 29% para 16% no industrial.
Depois, “não tem sido dada prioridade ao uso e recuperação das águas subterrâneas”. A situação é mais grave nos aquíferos do Algarve, onde a falta de planeamento tem levado ao recurso crescente às barragens, apesar de as águas subterrâneas exigirem menor tratamento e garantirem um abastecimento mais regular que as superficiais. “No início da década de 1990 a maior parte da água consumida no Algarve era de origem subterrânea, mas agora é quase toda superficial, por ausência de medidas de poupança”, recorda Francisco Ferreira. Por fim, Portugal está atrasado na aplicação das novas regras e directivas europeias de gestão da água e das bacias hidrográficas.
Uma notícia preocupante chegada do Norte ...
Informação de última hora. A DREN convocou para uma reunião amanhã os PCE das escolas cujos professores apresentaram moções de suspensão da avaliação. Não foram convocados todos os PCE da região. Foram seleccionados apenas alguns, estrategicamente aqueles que apresentaram moções. Sei de fonte segura que os PCE serão PRESSIONADOS para prosseguir com a avaliação e aulas assistidas. A esta pressão sobre os PCE seguir-se-ão pressões sobre os professores que assinaram as moções. Terão que autorizar a observação de aulas ou assinar um documento onde se responsabilizam pelas sanções que poderão decorrer da posição assumida de não quererem ser avaliados pelo sistema em vigor. O que se pode chamar a isto? Quem são os chantagistas em Portugal e no sistema educativo Português? (Agradeço que, por favor, mantenha o meu anonimato, pois as informações que me foram dadas pelo meu PCE obrigam-me a proteger também a identidade dele. Mostrou-se visivelmente perturbado com tudo isto.)
domingo, 9 de novembro de 2008
AVALIAR DOCENTES EM PORTUGAL
Tive, provavelmente, uma das minhas maiores satisfações pessoais e profissionais dos meus longos 26 anos de carreira (... mais dois de bónus, num cenário em que os quatro deviam ser uma realidade, por culpa de um ECD nunca devidamente regulamentado e que penou alguns anos a uns tantos milhares de professores) ao estar presente na maior manifestação de docentes na história da Educação em Portugal. Motivos há-os suficientes. Podem-se contar as numerosas medidas políticas que este Governo têm provocado não só no sistema, mas essencialmente na vida das escolas e dos seus profissionais. Depois de 120.000 docentes estarem presentes na manifestação 8 de Novembro em Lisboa, eis que uma afirmação da Senhora Ministra da Educação me entristeceu e que me equaciona se vale a pena ser Presidente do Conselho Executivo de uma escola em Portugal, dizia a Senhora Ministra "que a excessiva carga de trabalho se devia, também, à falta de organização das escolas".
Não poderia estar mais triste com esta afirmação, pessoalmente passo entre dez a doze horas diárias na minha escola para conseguir alguma eficácia na organização e no funcionamento da monstruosa máquina em que tornaram as escolas públicas portuguesas
Dei sempre o meu melhor pela Educação e por Portugal e eis que sou sacudido e provavelmente "trucidado" desta maneira.
Sinto-me ultrajado e humilhado. Nunca imaginei que num país europeu, tivessemos uma Ministra da Educação que tratasse tão mal os seus profissionais.
É uma questão de honra e de dignidade aquilo que fazemos pela Educação e por Portugal.
Não me revejo, sinceramente, nesta política da acusação gratuita e da irresponsabilidade.
Não poderia estar mais triste com esta afirmação, pessoalmente passo entre dez a doze horas diárias na minha escola para conseguir alguma eficácia na organização e no funcionamento da monstruosa máquina em que tornaram as escolas públicas portuguesas
Dei sempre o meu melhor pela Educação e por Portugal e eis que sou sacudido e provavelmente "trucidado" desta maneira.
Sinto-me ultrajado e humilhado. Nunca imaginei que num país europeu, tivessemos uma Ministra da Educação que tratasse tão mal os seus profissionais.
É uma questão de honra e de dignidade aquilo que fazemos pela Educação e por Portugal.
Não me revejo, sinceramente, nesta política da acusação gratuita e da irresponsabilidade.
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